Longe da terra
Não pela serra
Mas sem os passarinhos
Que fazem: dim, derlim, dim...
Acontece-me que
para matar saudades passo da televisão francesa à portuguesa, e deparei há dias
com a imagem de um senhor que se diz sindicalista, mas que vinha fazer
propaganda para um partido politico.
Não fazia
publicidade para um partido qualquer, não senhor, mas para àquele que nos anos
70, recebia ordens de Moscovo.
Recordo com
tristeza aquela noite em que cá longe procurando saber noticias da parvónia,
tentava sintonizar a rádio portuguesa, mas era a rádio moscovita que me
saia na mesma frequência. Diziam
então os kamaradas que Portugal
devia nacionalizar a banca e os seguros. Não tardou pois que a ordem fosse seguida à letra. (Não
sorriam os salazaristas, porque foi Salazar que me deu “escolas” que nem
retretes tinham).
No que concerne o
nosso “sindicalista” dirige ele um sindicato ou uma filial de um dos últimos
partidos comunistas da Europa? Quererá ele ser chefe de kolkhoze? Saiba que
possuo umas terras abandonadas; se
o nosso “amigo” quiser adquiri-las quem sabe graças à magia soviética possa
uni-las e realizar o seu sonho.
E certo que no
passado a nomenclatura russa
possuía luxuosas “Datchas” junto à Volga. Não fique desiludido prezado senhor, tenho também um palhal
em ruínas junto à Volga; talvez possa o senhor compra-lo e construir a sua “Datcha”.
P.S. Um pequeno
lapso se introduziu neste texto. O palhal de que falo, não é junto à Volga, mas junto ao Vouga ;
é quase igual e é mais perto; e
para quem chamava paraíso ao pais do Gulague, o lapso não é tão grande como
parece .
A.L.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire