De entre os
diversos flagelos que assolam o nosso velho Continente, há por exemplo, a
emigração clandestina, e como não é possível empregar todos os “refugiados”,
vamos encontrar estendendo a mão junto aos semáforos, enquanto outros fartos de
“pedir” começam a esvaziar os parquímetros do seu conteúdo, por vezes
manipulados por autenticas organizações mafiosas que os forçam a roubar
confiscando-lhes em seguida o fruto do seu “trabalho”.
Não ficam por aqui
as actividades criminosas de alguns desses “turistas”. Alguns trazem com
meninas as quais prometeram emprego, obrigando-as em seguida a exercer a mais
antiga profissão do mundo, e com o dinheiro assim angariado vão inundar os
nossos países com estupefacientes e se a prostituição é visível, já o comercio
da droga é mais subterrâneo e quando detectado pode ser já tarde.
De onde quer que
eles venham, têm todos o mesmo dominador comum: são oriundos de países que são
ou que foram num passado recente dirigidos por regimes déspotas, e as ditaduras
qualquer que seja a cor que elas ostentam produzem os mesmos efeitos: instauram
a miséria nos seus países, exportando-a seguidamente para casa dos vizinhos. E
esta a diferença entre as democracias e as ditaduras: as primeiras acolheram no
meio dos anos 60 centenas de milhar de Portugueses que fugiram a miséria
Salazarenta e deste modo enviaram-nos nos anos um arremedo de desenvolvimento, as segundas enviam-nos
miséria sob forma de mão-de-obra barata, prostitutas e organizações criminosas.
Vem isto a propósito de certo Deputado Português (Salazarista evidentemente)
ter declarado um dia que os militares que apearam o regime fascista, não
passavam de primatas fardados.
NAO PODEREI DIZER QUANTO ME AFLIGE O JA HOJE EXCLUSIVO PRIVILÉGIO PORTUGUÊS DO MENDIGO, DO PÉ DESCALÇO, DO MALTRAPILHO DO FARRAPAO; NEM SEQUER O NOSSO TRISTE APANÁGIO DAS MAIS ALTAS MÉDIAS DE SUBALIMENTADOS, DE CRIANÇAS ENXOVALHADAS, EXANGUES E DE ROSTOS PALIDOS (DA FOME, DO VICIO).
excerto da carta enviada por D. Antonio F. Gomes, ( Bispo do Porto), a Salazar em 1958.
NAO PODEREI DIZER QUANTO ME AFLIGE O JA HOJE EXCLUSIVO PRIVILÉGIO PORTUGUÊS DO MENDIGO, DO PÉ DESCALÇO, DO MALTRAPILHO DO FARRAPAO; NEM SEQUER O NOSSO TRISTE APANÁGIO DAS MAIS ALTAS MÉDIAS DE SUBALIMENTADOS, DE CRIANÇAS ENXOVALHADAS, EXANGUES E DE ROSTOS PALIDOS (DA FOME, DO VICIO).
excerto da carta enviada por D. Antonio F. Gomes, ( Bispo do Porto), a Salazar em 1958.
Na Alemanha de
Leste, há também quem venere o antigo regime; deviam juntar-se todos e ir
limpar as lágrimas aos Norte-Coreanos.
Se há 30 milhões de
refugiados, 100 milhões de emigrantes, mil milhões de esfomeados, tudo isso é
mais devido aos déspotas que aos democratas e só não vê quem não quiser; até se
costuma dizer que o pior cego, é aquele que não quer ver.
Se na nossa frágil
democracia ainda há pequenas “tiranias” que mais tarde ou mais cedo devem cair,
ter “escolas” que nem uma retrete tinham, como no meu tempo, era pior que
agora; ir para a tropa, ganhar
cinco escudos por mês, era pior e podem-se multiplicar os exemplos.
A.L.
(Ai daqueles que
chamarem bem ao mal, e mal ao bem.) São Lucas.
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